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Mesmo lesionado, Anderon Primo aposta tudo para chegar bem no TCB

EntrevistasKarina Dias27/07/2019

E mais uma seletiva do TCB chegou ao fim e muitos atletas já estão comemorando as suas vagas para o evento mais importante do Brasil, o que também é o caso de Anderon Primo. O tetra campeão brasileiro de CrossFit arrumou um tempinho em sua agenda badalada em meio a treinos e descanso para conversar um pouquinho com a gente.

Não é novidade para ninguém, já que foi dito por ele mesmo inúmeras vezes, que Anderon Primo está lesionado e diferentemente do que você pode pensar, ele não desistiu de tentar uma vaga para o campeonato mais importante do país e foi fazer a seletiva de Vinhedo mesmo machucado. O atleta comentou se partiu apenas dele essa decisão, afinal, existem vários incentivadores e patrocinadores por trás de tudo isso.

– Eu estava realmente lesionado na Seletiva de Vinhedo e a decisão foi tomada totalmente em conjunto com todo o time Anderon Primo. Alguns patrocinadores meus estão no evento e o TCB é um evento que tenho um carinho gigantesco, então deixei claro a minha vontade de participar mesmo que em times, e aí nos programamos para fazer acontecer.

E se você pensa que ele está almejando apenas conseguir completar as provas e sair numa boa das provas, você está enganadíssimo. Anderon quer pódio!

– A minha meta agora é chegar forte em times para o TCB, buscar o lugar mais alto do pódio com toda a certeza, mas o foco principal mesmo para esse ano de 2019 é o CF Open de Outubro.

Mas para conseguir subir no lugar mais alto do pódio e entrar em novas competições, assim como qualquer atleta, Anderon Primo tem que lutar e treinar forte para que isso aconteça – e ele tem a ajuda do seu coach, Éder.

– A preparação está sendo muito bem feita, o Éder é um profissional incrível e tem dado um show no quesito preparação. Estou treinando muito bem, forte e com certeza chegarei preparado para todos os eventos.

Já tentou imaginar ter um número gigantesco de vitórias nas costas e entrar para participar de uma competição? Como dito anteriormente, Anderon tem quatro títulos nacionais no peito e comentou se sente pressão ao pisar e entrar para competir.

– A pressão ela existe mesmo você não possuindo nenhum título, né!? Agora com quatro é um pouquinho maior, mas isso não me abala. Só me motiva a querer ser ainda melhor e buscar um novo resultado, um novo recorde.

E para finalizar, Anderon Primo contou quais são as suas expectativas para o ano de 2020 e quais são as suas metas. Afinal, até lá tem bastante chão ainda.

– O ano de 2020 está sendo construído dia pós dia, estou focado em 2019 em fazer cada dia de treino valer a pena e estar um passo mais próximo do meu objetivo que é a vaga para participar dos Games. Depois do Open, depois de todo o ciclo ser concluído aí sim, vou começar a pensar em 2020 e qual vai ser o planejamento para ele. Por enquanto, cabeça em 2019 e 2020 ainda é uma incógnita, uma surpresa.

Uau! Cabeça de campeão é outra história, né!? Para conhecer ainda mais sobre Anderon Primo, tudo o que faz, seus treinos e sua filosofia de vida, clique aqui.

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Anderon Primo fala sobre a temporada 2018

EntrevistasKarina Dias24/01/2018

O ainda menino, Anderon Primo é um daqueles caras que nasceram na década de 90! Você acredita?

Apesar da pouca idade, o garoto tem um currículo invejável para muitos atletas, por exemplo: três pódios no TCB (Torneio CrossFit Brasil). Calma, você está achando isso pouco? Em 2017, Anderon Primo foi um dos classificados para a fase dos Regionals e fechou a competição na 14ª posição – o brasileiro com o melhor desempenho. Pouco idade e talento de sobra!

Como você pode ver, nós atrapalhamos um pouquinho o treino deste monstrinho para contarmos tudo em primeira mão sobre a sua carreira, seus objetivos, metas e o que esperar para o Open de 2018. Confira:

Os primeiros passos
Anderon começou no esporte muito cedo e dedicou 21 anos de sua vida ao judô, e em 2013 ele veio conhecer o CrossFit. “Eu acredito que o CrossFit me escolheu e não o contrário. Eu comecei a praticar porque inicialmente apenas gostaria de melhorar o meu desempenho físico no judô. Com o tempo eu vim me destacando e em 2014 no Open consegui me qualificar para os Regionals e foi aí que eu decidi que queria isso para o resto da minha vida”, diz.

Todo começo é sempre muito difícil, tanto para os atletas que já estão fazendo outros esportes quanto as pessoas que estão encarando algo totalmente novo. “No começo eu senti muita dificuldade, assim como todo mundo que sente ou já sentiu. No início haviam movimentos mais complexos, nomes diferentes (hahaha) e, claro, a falta de mobilidade para fazer um OHS ou Squat Snatch – eu vim muito travado do judô e sofri demais para conseguir realizar esses movimentos bem feitos”, fala.

Anos se passaram, mas sempre temos um movimento ou algo no esporte que não temos tanta facilidade ou que simplesmente não temos afinidade, com Anderon isso não foi diferente. “Hoje em dia tudo me alegra no CrossFit, menos Thruster e corrida (hahaha), mas sou apaixonado por LPO (Levantamento de Peso Olímpico) e movimentos ginásticos”, afirma.

Dificuldades
Ser um atleta (não só aqui no Brasil) é algo muito difícil porque todos eles precisam tomar grandes decisões ainda muito jovens, com Anderon não foi diferente. “Acredito que a maior dificuldade de ser um atleta é abrir mão das coisas que amamos, como: família, amigos, lazeres… para algo que é incerto e muitas vezes não acontece. Arrumar bons patrocinadores, pessoas que confiem em você e no seu potencial são coisas extremamente difíceis de achar!”, conta.

Bate aquela saudade…
Como você pode ver, Anderon já participou de inúmeras competições e ainda assim ele tem uma marcada na sua memória. “Uma competição inesquecível foi o Regionals de 2017! A razão é bem simples, haha. Em dezembro de 2016 eu tinha quebrado minha perna por conta de uma fratura por estresse, resultado: quatro semanas de tala, seis semanas de fisioterapia e uma enorme incerteza se eu chegaria a se quer fazer o Open. Muitos duvidaram, muitos desistiram, mas eu sabia que eu chegaria e que eu conseguiria classificar! Eu realmente queria isso, só pensava naquilo… vivia por aquilo. Eis que deu certo! Entrei e fiz a melhor classificação da minha vida, fiquei em 14º lugar”, diz todo orgulhoso.

Objetivos
Você não pode começar o ano sem traçar seus objetivos e sem coloca-los no papel, seja para a sua vida ou para os seus treinos. Anderon abriu seu caderno e contou os seus objetivos para 2018 e disse que o ano P-R-O-M-E-T-E! “Espero fazer algo novo neste Open, surpreender e brigar pelo Top 5. Embora tenha mudado o formato, mas a gente sabe que o Open nunca é fácil. É necessário ter muito preparo para tudo o que pode aparecer e também para possíveis imprevistos (para que você consiga dar a volta por cima). Depois de classificar quero, obviamente, brigar pela minha vaga nos Games. Ser tetracampeão brasileiro também está nos meus objetivos e quem sabe alguns novos desafios pelo resto do ano”, brincou.

Fonte: Anderon Primo, bacharel em Ed. Física – FIB Bauru, atleta atualmente na Crossfit Berrini e Crossfit Bauru.

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