Liga profissional de Fitness como um esporte
O Crossfit já se tornou tão popular nos Estados Unidos que este ano foi criada uma liga profissional para o esporte de “fitness”, ou condicionamento físico. A NPFL, que em inglês significa “National Pro Fitness League”, a tradução seria Liga Nacional de “Fitness” Profissional.
Tony Budding, ex-diretor de mídia e conteúdo de web da CrossFit HQ, deixou a empresa após sete anos em 2013 para criar a NPFL.
O texto abaixo foi decupado do vídeo produzido pelo site Tabata Times em entrevista a Tony:
O esporte será disputado em estádios com acesso ao publico geral e também será televisionado, serão times que disputarão simultaneamente 11 “races” no período de duas horas. As “races” serão uma espécie de “WOD” e os times terão a chance de criar diferentes estratégias e poderão ainda substituir atletas durante a competição.
Já existem cinco times e em breve mais três serão anunciados, os cinco times são das cidades americanas de Nova Iorque, Los Angeles, San Francisco, Fênix e Filadélfia. A competição, por exemplo, será Nova Iorque contra Los Angeles.
Os times serão formados por quatro homens e quatro mulheres, mais três homens e três mulheres ativos, para as substituições, e mais dois homens e duas mulheres de reserva. Uma das regras é que pelo menos dois atletas precisam ter mais do que 40 anos de idade, para tornar a competição mais interessante e provar que atletas mais velhos podem superar atletas mais jovens.
Com estas substituições permitidas, veremos atletas que nunca conseguiram ir para o Crossfit Games, pois tem alguma deficiência, mas que, por exemplo, tem uma grande qualidade em levantamento de peso olímpico, este atleta poderá ser usado apenas em provas que usem esta capacidade, logo depois sendo substituído por outro atleta antes mesmo da prova terminar. Pelo que parece, as substituições podem acontecer a qualquer instante, mas isto irá tomar certo tempo do time, enquanto o outro time não perderá tempo com as substituições, mas os atletas ficarão cansados e mais lentos, tudo dependerá da estratégia de cada time.
Os times terão diretoria, técnicos, e tudo o que um time profissional precisa para funcionar.
A competição iniciará em agosto ou setembro de 2014, já estão em negociação os direitos de transmissão com duas redes de televisão americanas.
Serão 12 jogos por temporada, portanto cada time jogará três vezes na temporada, que ainda está sendo definida entre 4 ou 12 semanas de duração.
Cada competição terá 11 “races”, que serão curtas e com apenas alguns rápidos intervalos, pois tudo tem que terminar em duas horas.
Diferente do CrossFit Games, as “races” serão anunciadas bem antes da competição, portanto os atletas já estarão treinando para cada uma delas.
As competições acontecerão sempre em locais fechados, e o espaço onde será montado as “races” será chamado de “grid” que tem as mesmas dimensões de uma quadra de basquete oficial.
Portanto qualquer arena de basquete do mundo poderá ser usado para a competição.
O que é impressionante é a rapidez dos acontecimentos desta novidade. Atletas de elite do Crossfit já aderiram e assinaram contratos com os cinco times, como por exemplo:
Annie Thorisdottir (campeã do Crossfit Games de 2011 e 2012), Lindsey Valenzuela (segundo lugar no Crossfit Games de 2013), Jon Pera, Annie Sakamoto e outros atletas de ponta.
O que esta acontecendo nestas semanas são os “combines”, são provas organizadas por cada time onde qualquer atleta inscrito pode demonstrar suas habilidades afim de ser contratado pelos times. Assim como em qualquer outro esporte, por exemplo: futebol, basquete…
A Eleiko, empresa que produz equipamentos como barras e anilhas, já assinou um contrato de patrocínio para fornecer os equipamentos para as competições.
Fim da entrevista com Tony.
A ideia da criação de uma liga onde atletas que hoje não são profissionais, pois não são pagos para treinar Crossfit, mas mesmo assim treinam e muito! Às vezes treinam muito mais do que atletas profissionais de outros esportes, poderão ter a chance de se tornarem atletas profissionais com salário e benefícios como outros atletas de ligas já bem estabelecidas, como por exemplo, a NBA, NFL etc…
A preocupação que surge com essa novidade é em relação posição da CrossFit HQ, pois podem acontecer conflitos de patrocinadores para atletas. A Reebok patrocina o Crossfit Games, e durante o games os atletas devem usar roupas e tênis da Reebok, porem terão a suas imagens ligadas aos patrocinadores de cada time quando competirem na liga.
Na verdade o que é ótimo sobre tudo isso, é que os patrocínios serão melhorados, premiações terão que ser mais atrativas e o esporte será ainda mais divulgado.
Os times já estabelecidos são:
New York Rhinos (Annie Thorisdottir) de Nova Iorque
San Francisco Firebreathers (Annie Sakamoto) de São Francisco
Phoenix Rise de Fênix
Philly Founders (Amanda Allen) da Filadélfia
Los Angeles Reign (Lindsey Valenzuela, Jon Pera) de Los Angeles
Acompanhem as novidades pelas mídias sociais e pelo site oficial da liga: www.profitnessleague.com
Mex
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