Anderon Primo fala sobre a temporada 2018

O ainda menino, Anderon Primo é um daqueles caras que nasceram na década de 90! Você acredita?

Apesar da pouca idade, o garoto tem um currículo invejável para muitos atletas, por exemplo: três pódios no TCB (Torneio CrossFit Brasil). Calma, você está achando isso pouco? Em 2017, Anderon Primo foi um dos classificados para a fase dos Regionals e fechou a competição na 14ª posição – o brasileiro com o melhor desempenho. Pouco idade e talento de sobra!

Como você pode ver, nós atrapalhamos um pouquinho o treino deste monstrinho para contarmos tudo em primeira mão sobre a sua carreira, seus objetivos, metas e o que esperar para o Open de 2018. Confira:

Os primeiros passos
Anderon começou no esporte muito cedo e dedicou 21 anos de sua vida ao judô, e em 2013 ele veio conhecer o CrossFit. “Eu acredito que o CrossFit me escolheu e não o contrário. Eu comecei a praticar porque inicialmente apenas gostaria de melhorar o meu desempenho físico no judô. Com o tempo eu vim me destacando e em 2014 no Open consegui me qualificar para os Regionals e foi aí que eu decidi que queria isso para o resto da minha vida”, diz.

Todo começo é sempre muito difícil, tanto para os atletas que já estão fazendo outros esportes quanto as pessoas que estão encarando algo totalmente novo. “No começo eu senti muita dificuldade, assim como todo mundo que sente ou já sentiu. No início haviam movimentos mais complexos, nomes diferentes (hahaha) e, claro, a falta de mobilidade para fazer um OHS ou Squat Snatch – eu vim muito travado do judô e sofri demais para conseguir realizar esses movimentos bem feitos”, fala.

Anos se passaram, mas sempre temos um movimento ou algo no esporte que não temos tanta facilidade ou que simplesmente não temos afinidade, com Anderon isso não foi diferente. “Hoje em dia tudo me alegra no CrossFit, menos Thruster e corrida (hahaha), mas sou apaixonado por LPO (Levantamento de Peso Olímpico) e movimentos ginásticos”, afirma.

Dificuldades
Ser um atleta (não só aqui no Brasil) é algo muito difícil porque todos eles precisam tomar grandes decisões ainda muito jovens, com Anderon não foi diferente. “Acredito que a maior dificuldade de ser um atleta é abrir mão das coisas que amamos, como: família, amigos, lazeres… para algo que é incerto e muitas vezes não acontece. Arrumar bons patrocinadores, pessoas que confiem em você e no seu potencial são coisas extremamente difíceis de achar!”, conta.

Bate aquela saudade…
Como você pode ver, Anderon já participou de inúmeras competições e ainda assim ele tem uma marcada na sua memória. “Uma competição inesquecível foi o Regionals de 2017! A razão é bem simples, haha. Em dezembro de 2016 eu tinha quebrado minha perna por conta de uma fratura por estresse, resultado: quatro semanas de tala, seis semanas de fisioterapia e uma enorme incerteza se eu chegaria a se quer fazer o Open. Muitos duvidaram, muitos desistiram, mas eu sabia que eu chegaria e que eu conseguiria classificar! Eu realmente queria isso, só pensava naquilo… vivia por aquilo. Eis que deu certo! Entrei e fiz a melhor classificação da minha vida, fiquei em 14º lugar”, diz todo orgulhoso.

Objetivos
Você não pode começar o ano sem traçar seus objetivos e sem coloca-los no papel, seja para a sua vida ou para os seus treinos. Anderon abriu seu caderno e contou os seus objetivos para 2018 e disse que o ano P-R-O-M-E-T-E! “Espero fazer algo novo neste Open, surpreender e brigar pelo Top 5. Embora tenha mudado o formato, mas a gente sabe que o Open nunca é fácil. É necessário ter muito preparo para tudo o que pode aparecer e também para possíveis imprevistos (para que você consiga dar a volta por cima). Depois de classificar quero, obviamente, brigar pela minha vaga nos Games. Ser tetracampeão brasileiro também está nos meus objetivos e quem sabe alguns novos desafios pelo resto do ano”, brincou.

Fonte: Anderon Primo, bacharel em Ed. Física – FIB Bauru, atleta atualmente na Crossfit Berrini e Crossfit Bauru.

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3 (bons) motivos para você se inscrever no Open

O ano acabou de começar e nós já deixamos aquela questão no ar: você está preparado para encarar as cinco semanas intensas e intermináveis do Open? Para quem não sabe, o Open é a primeira competição do ano do calendário da CrossFit Inc., ele é composto por cinco semanas e todas não muito fáceis.

Dave Castro, diretor do CrossFit Games, tem o costume de lançar algumas dicas em seu Instagram, clique aqui, para fazer os atletas pensarem sobre como seria o Wod de cada semana. As dicas variam entre: uma porta de incêndio, um dumbbell, estátua do Arnold Schwarzenegger, carta de baralho, entre tantas outras coisas para fazer a cabeça dos atletas irem além do obvio.

Pensando em tudo isso, nós separamos 3 (bons) motivos para você se inscrever no Open de 2018. Confira:

1 – Superação
Este é o momento para você colocar no papel tudo o que você tem feito durante os anos ou até mesmo ver o seu crescimento do começo para o final do ano. Está começando agora? Então se inscreva para o Open na categoria Scaled. Brinque, faça os exercícios adaptados e veja o quanto você evoluiu. Todos os seus resultados de todos os anos vão ficar gravados no seu perfil.

2- Competição mundial
Como citado anteriormente, o Open abre o calendário do CrossFit Games e alguns atletas se preparam fielmente para encarar esse desafio e partir para a segunda competição do calendário que é o Qualifier para o CrossFit Regionals. Enganado é quem pensa que é fácil classificar. Não, não é! Poucos são os atletas que saem classificados do Open, mas a questão é que você pode comparar os seus resultados com o mundo inteiro. Existe um leaderboard mundial com as diferentes categorias – Rx e scaled e com as suas divisões – master, teen, mulheres, homens e times.

3 – União
Uma das coisas mais legais do Open é ver o quanto o box fica unido para este tipo de competição. Marque de fazer os wod’s no mesmo dia que o restante dos inscritos e prepare-se para ficar simplesmente arrepiado. Todo mundo vai te ajudar, apoiar e gritar por você! O box vai virar uma verdadeira comunidade.

Peça para o seu coach se inscrever como árbitro no site oficial e depois conte para gente como foi participar de todos os wod’s. Nós te desejamos boa sorte e bons treinos!

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Marina Hohmann fala sobre os planos para 2018

O ano pode até estar começando agora para você, mas para muitos atletas ele já começou faz tempo e todo o treinamento já está sendo pensado por muito tempo para este começo de temporada. Tomamos um pouquinho do tempo da atleta AMRAP Brasil – Marina Hohmann –  para saber como está a sua preparação e seus planos para 2018. Confira:

Marina desde muito cedo sempre gostou de esporte, mas nunca levou nada para o profissional. Brincava bastante com tudo o que era proposto, mas nunca achou que sua vida seria ligada totalmente ao esporte, eis que em 2013 descobriu o crossfit e o interesse foi se tornando tão grande que a paixão tomou conta e cá estamos nós!

Assim como muitas pessoas, Marina Hohmann também fazia aquelas repetições intermináveis de academia e acabou escolhendo o crossfit para variar um pouco os exercícios e por achar extremamente diferente do que já fazia. Além disso, a atleta precisava sair um pouco do ambiente de trabalho e encontrou nesta modalidade um momento para ser a “aluna” e não a professora.

Desde que entrou no crossfit, Marina já passou por várias competições, mas tem sempre uma que fica mais marcante na nossa mente. “Todas as competições são muito inesquecíveis pra mim, mas acho que a mais marcante foi realmente a minha primeira competição – Regional 2014. Eu tinha apenas seis meses de crossfit e o Rodrigo (meu coach) me colocou no time. Foi ali que eu descobri que eu simplesmente A-D-O-R-O competir”, disse.

Se você que está lendo isso imagina que se uma pessoa vira atleta, ela perde seus medos e receios durante a realização de alguns movimentos, você está enganado. Atleta também tem medo! Marina, por exemplo, não curte fazer leg less – subir na corda sem o auxílio dos pés, apenas com as forças do braço. “Eu tenho muito receio de fazer leg less, não pelo medo de altura, mas por despencar lá de cima até porque é um movimento extremamente difícil pra mim. Depois que eu rompi o LCA (ligamento cruzado anterior) fiquei com um pouco de receio para fazer alguns outros movimentos, mas acredito que é pela cirurgia também ter sido recente”, conta.

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Como a gente já está cansado de saber, ser atleta no Brasil é muito difícil e Marina fala um pouco sobre isso. “Infelizmente ainda é impossível ser apenas um atleta aqui no Brasil. Nós treinamos, nos alimentamos como atletas, mas nossa profissão não é essa! O que nos faz ter que trabalhar como: educadores físicos, fisioterapeutas, advogados, etc.”, afirma.

E como nada na vida são flores, a atleta que é extremamente focada e cheia de objetivos divide o seu treino em duas grandes partes e tenta se alimentar bem, comer as coisas certas com foco total na performance e pensando sempre nas competições.

Como de costume, todo começo de ano/próximo ao Carnaval nós temos na agenda do CrossFit o famoso e tenebroso Open. “Não tem como esperar um Open fácil, né? Ele é sempre difícil não só pelas provas, mas muito pela pressão também. São cinco semanas que você só pensa nisso e querendo ou não isso desgasta demais!! Espera a prova sair, monta uma super estratégia, repete, repete, repete os WODs, filma, posta o resultado, fica acompanhando o leaderboard e repete tudo mais quatro semanas, rs”, desabafa.

Marina não quer brincadeira e está mais do que dedicada para fazer bonito no Open e garantir uma vaga no Regional. “Vamos competir o Regional em time, treinar muito, tentar zerar as deficiências para quem sabe conseguir a tão sonhada vaga para os Games“, conta. Estaremos torcendo para isso, pode ter certeza!

A atleta ainda separou um recado especial para você que está começando no crossfit. “Fique tranquilo que tudo tem seu tempo. Não pule etapas, respeite o tempo de adaptação do seu corpo, faça sempre os educativos. Melhor esperar mais tempo e aprender o movimento certo do que fazer qualquer coisa só pra dizer que fez, depois pra corrigir esse movimento vai ser muito mais difícil. Confie”, finaliza.

Fonte: Marina Hohmann Vaghetti, educadora física, professora na cia Athletica, atleta na CrossFit Moema e patrocinada pela AMRAP Brasil.

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