Você sabe o que é e como funciona uma mentoria esportiva?

Atualmente é tão comum ouvir que determinado atleta faz parte de uma mentoria esportiva, mas afinal, você sabe o que isso realmente atinge na competição e o que realmente é? Escalamos o canadense Shaye Patel, que tem uma mentoria esportiva chamada Empowered Sports, para tirar algumas dúvidas.

Como dito anteriormente, Shaye – Shailan Harsaidbhai Patel – é canadense e desembarcou no Brasil em meados de 2002, e foi direto para Curitiba – onde está até hoje. A vida dele sempre foi muito atrelada ao esporte porque desde os 12 anos de idade, hoje ele está com 43 anos, jogava polo aquático e através de sua carreira consolidada no esporte acabou conhecendo muitas pessoas importantes no meio esportivo do mundo. Além de tudo isso, Shaye arrumou tempo na sua agenda ainda menino para estudar Psicologia e Antropologia na York University, no Canadá e no Brasil estudou Direito, na UniCuritiba.

Mas afinal, como surgiu a ideia da mentoria esportiva?
Desde que comecei a competir no CrossFit percebi que os atletas e praticantes da modalidade estavam com uma defasagem de preparo mental para a atividade. O brasileiro é um povo muito talentoso, cheio de garra e muto determinado, mas eu percebi que a vida social e a falta de controle emocional atrapalhavam muito para chegar no próximo nível. E como eu sou um Master e vivo uma vida de atleta de alto nível nacionalmente e internacionalmente, eu pensei em montar uma mentoria esportiva para ajudar os outros.

Qual é o objetivo?
O objetivo principal é ajudar as pessoas que querem chegar em um nível alto no esporte e entender como é ser atleta de verdade, quais são os sacrifícios necessários para atingir as mentas e também como lidar com problemas do cotidiano, claro, para não deixar que eles atrapalhem o desempenho nos treinos e competições.

O processo é presencial ou à distância?
Eu tenho clientes das duas formas. Tanto à distancia, com as sessões sendo através do SkypeFaceTime WhatsApp Vídeo, e até mesmo presencial.

Quais são os maiores problemas que você recebe e enfrenta com os atletas?
Geralmente, os maiores problemas são a falta de tempo de treinar por motivos óbvios de cada um – seja com estudo, família, trabalho, etc. – e também a frustração de lidar com algumas lesões. Um ponto que chama muito a atenção é relacionado mesmo entre a família e o atleta – as vezes, alguns membros da família ou que a pessoa se relaciona, não entende a dedicação que é preciso ter parar ser um atleta e isso causa inúmeros conflitos, e a minha função é conversar e atuar como um guia para lidar com isso também.

E quais são os resultados que você espera de cada um?
Isso pra mim é algo simples, se meus atletas podem ser as melhores versões deles dentro e fora dos treinos e competições, eu já fico muito feliz. O que muita gente esquece é que o processo que leva alguém a se tornar um atleta não é somente ficar no pódio e sim, tudo o que vem antes. E eu espero que essas pessoas que estão comigo sempre apreciem cada momento dessa jornada porque quando você vai pra uma competição, você está lá para buscar o que é seu. O resto já foi feito! O que eu deixo claro para eles é o seguinte: independente do resultado, quando eu olho nos seus olhos após uma competição, eu vou ver o que você fez! O seu melhor!

Quais são os atletas que você atualmente trabalha?
Hoje em dia são cinco atletas individuais do CrossFit, a equipe da Arbo CrossFit e mais um atleta do Judo.

Por fim, qual mensagem você sempre passa para os atletas?
Eu sempre digo que eu sempre vou ter orgulho deles. E acredito que como atleta essas são as palavras mais importante que devem ser escutados por um outro atleta. Essas palavras deveriam ser sempre ditas pelos pais, coaches, amigos, namorados (as), esposos (as) e parceiros (as).

Uau! Para conhecer ainda mais do trabalho do Shaye e da sua mentoria esportiva, clique aqui.

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Fábio Broco conta as suas impressões sobre o Brazil CrossFit Championship

Olá, CrossFitters! Tudo bom com vocês? Se você é uma pessoa que utiliza as redes sociais com uma certa frequência e adora ficar sabendo de dicas, como fazer a pronúncia correta dos movimentos do CrossFit e muito mais, você certamente já segue Fábio Broco no Instagram.

Caso você não o siga, essa é uma grande oportunidade para dar uma olhada e conferir tudinho o que ele posta por lá. Broco arrumou um tempinho em sua agenda para conversar com a AMRAP Brasil e comentou como foi participar de um evento tão grande no Brasil igual ao Brazil CrossFit Championship, em maio de 2019.

Para quem não sabe, o BCC foi um dos eventos sancionados pela CrossFit inc. cada vencedor de sua divisão: masculino, feminino e time, seria convidado para participar do tão sonhado Reebok CrossFit Games 2019, mas todos esses detalhes nós explicaremos com mais calma em outra publicação. O que é super legal de deixar bem evidência é que o evento foi feito através de vários voluntários, e Fábio foi um deles – ele ficou na parte da Mídia do evento.

As transmissões do BCC vieram como um trabalho adicional porque eu havia sido convidado para ficar apenas no Instagram – cuidando dos textos em Inglês e Português. Quando eu estava lá, o pessoal da TV acabou me convidando, sabendo que eu sabia falar outras línguas, para ajudar nas entrevistas com os atletas, afirmou Fábio.

Assim como qualquer entrevista, algumas vezes a pessoa que está para responder as suas perguntas, ela simplesmente não se encontra no melhor dia ou no caso do Broco, o atleta estava ali para competir e dar o máximo dele para garantir a vaga no evento mais importante do CrossFit, então, nem sempre ele sai tão feliz da arena. Sendo assim, o influencer comentou quais entrevistas ele mais amou fazer e a que ele não curtiu tanto assim.

Eu adorei entrevistar o Cowboy – Sean Sweeney, ele tem uma energia incrível! Individual feminino eu amei falar com a Tatá Rebane e a Susana Etto. Já sobre os times, na verdade, não é que eu não tenha gostado, mas a pessoa foi um pouco mais seca – e eu até entendo porque é um momento de competição e eles não estavam em um momento tão bom – foi um dos integrantes do Invictus X. Não foi o Sam Dancer porque ele foi fantástico e super simpático, foi o outro membro – Holden Rethwill . Ele não foi muito receptivo com as minhas perguntas, mas faz parte!

E como ninguém é de ferro, Broco lá no fundinho do coração também tinha uma torcida por alguém em especial que estava na arena.

Fora do país eu não tinha nenhum atleta favorito, mas claro, tinha minhas apostas, mas a gente vai criando uma certa simpatia após entrevistar um ou outro. Então o Cowboy foi o cara que ganhou o coração de todo mundo e como ele já estava classificado para os Games, a gente acaba transferindo a torcida para um ou outro, mas brasileiro eu AMO TODOS que estavam lá, quero que fique bem claro isso. Mas eu tenho uma paixão pela Lari Cunha enorme – time Indomáveis – grupo em que estava Pablo Chalfun, com quem também tenho uma certa intimidade, então consequentemente estava torcendo por eles.

Broco também arriscou montar o seu pódio para o Reebok CrossFit Games 2019, e ele aposta em mudanças na divisão masculina. Será?

Acredito que no feminino nós não teremos novidades! A Tia Clair vai ganhar novamente pelo o que eu tenha visto as coisas dela. O masculino pode ser que tenha alguma surpresa porque o Vellner agora é atleta 24 horas, antigamente ele trabalhava e treinava, hoje ele só treina. Anteriormente ele bateu inúmeras vezes na trave e pode ser que dê um certo trabalho para o Fraser. E nos times, eu definitivamente não sei dizer.

E fique ligado que semana que vem apareceremos com mais novidades para vocês!

 

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Anderon Primo fala sobre a temporada 2018

O ainda menino, Anderon Primo é um daqueles caras que nasceram na década de 90! Você acredita?

Apesar da pouca idade, o garoto tem um currículo invejável para muitos atletas, por exemplo: três pódios no TCB (Torneio CrossFit Brasil). Calma, você está achando isso pouco? Em 2017, Anderon Primo foi um dos classificados para a fase dos Regionals e fechou a competição na 14ª posição – o brasileiro com o melhor desempenho. Pouco idade e talento de sobra!

Como você pode ver, nós atrapalhamos um pouquinho o treino deste monstrinho para contarmos tudo em primeira mão sobre a sua carreira, seus objetivos, metas e o que esperar para o Open de 2018. Confira:

Os primeiros passos
Anderon começou no esporte muito cedo e dedicou 21 anos de sua vida ao judô, e em 2013 ele veio conhecer o CrossFit. “Eu acredito que o CrossFit me escolheu e não o contrário. Eu comecei a praticar porque inicialmente apenas gostaria de melhorar o meu desempenho físico no judô. Com o tempo eu vim me destacando e em 2014 no Open consegui me qualificar para os Regionals e foi aí que eu decidi que queria isso para o resto da minha vida”, diz.

Todo começo é sempre muito difícil, tanto para os atletas que já estão fazendo outros esportes quanto as pessoas que estão encarando algo totalmente novo. “No começo eu senti muita dificuldade, assim como todo mundo que sente ou já sentiu. No início haviam movimentos mais complexos, nomes diferentes (hahaha) e, claro, a falta de mobilidade para fazer um OHS ou Squat Snatch – eu vim muito travado do judô e sofri demais para conseguir realizar esses movimentos bem feitos”, fala.

Anos se passaram, mas sempre temos um movimento ou algo no esporte que não temos tanta facilidade ou que simplesmente não temos afinidade, com Anderon isso não foi diferente. “Hoje em dia tudo me alegra no CrossFit, menos Thruster e corrida (hahaha), mas sou apaixonado por LPO (Levantamento de Peso Olímpico) e movimentos ginásticos”, afirma.

Dificuldades
Ser um atleta (não só aqui no Brasil) é algo muito difícil porque todos eles precisam tomar grandes decisões ainda muito jovens, com Anderon não foi diferente. “Acredito que a maior dificuldade de ser um atleta é abrir mão das coisas que amamos, como: família, amigos, lazeres… para algo que é incerto e muitas vezes não acontece. Arrumar bons patrocinadores, pessoas que confiem em você e no seu potencial são coisas extremamente difíceis de achar!”, conta.

Bate aquela saudade…
Como você pode ver, Anderon já participou de inúmeras competições e ainda assim ele tem uma marcada na sua memória. “Uma competição inesquecível foi o Regionals de 2017! A razão é bem simples, haha. Em dezembro de 2016 eu tinha quebrado minha perna por conta de uma fratura por estresse, resultado: quatro semanas de tala, seis semanas de fisioterapia e uma enorme incerteza se eu chegaria a se quer fazer o Open. Muitos duvidaram, muitos desistiram, mas eu sabia que eu chegaria e que eu conseguiria classificar! Eu realmente queria isso, só pensava naquilo… vivia por aquilo. Eis que deu certo! Entrei e fiz a melhor classificação da minha vida, fiquei em 14º lugar”, diz todo orgulhoso.

Objetivos
Você não pode começar o ano sem traçar seus objetivos e sem coloca-los no papel, seja para a sua vida ou para os seus treinos. Anderon abriu seu caderno e contou os seus objetivos para 2018 e disse que o ano P-R-O-M-E-T-E! “Espero fazer algo novo neste Open, surpreender e brigar pelo Top 5. Embora tenha mudado o formato, mas a gente sabe que o Open nunca é fácil. É necessário ter muito preparo para tudo o que pode aparecer e também para possíveis imprevistos (para que você consiga dar a volta por cima). Depois de classificar quero, obviamente, brigar pela minha vaga nos Games. Ser tetracampeão brasileiro também está nos meus objetivos e quem sabe alguns novos desafios pelo resto do ano”, brincou.

Fonte: Anderon Primo, bacharel em Ed. Física – FIB Bauru, atleta atualmente na Crossfit Berrini e Crossfit Bauru.

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